Sexo sem tabus

O sexo está presente na humanidade desde o primeiro século mas, mesmo assim, o assunto ainda é tabu para muitas pessoas. Aprenda a falar de sexo sem tabus.

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O melhor da vida cristã

O termo sexo está no ranking dos mais buscados na internet. Isso só confirma a natureza curiosa do ser humano sobre este assunto.

Não importa a idade, seus olhos sempre vão captar rapidamente a palavra no meio de um texto qualquer. Mas por que temos tanta curiosidade sobre o assunto?

A sexóloga Annelise Ruiz explica que a curiosidade pelo sexo  é mais normal do que imaginamos. “Nós, humanos, fomos criados para nos reproduzir. Está é a nossa natureza. Ou seja, já nascemos condicionados ao sexo. É natural que tenhamos tanto interesse no assunto”, complementa. Isso significa que ninguém é “anormal” por desejar ter relações sexuais ou saber mais sobre uma das práticas mais antigas da humanidade.

Como prática, a relação sexual tem os objetivos primordiais de estimular a reprodução e estreitar a intimidade entre um casal fisicamente e emocionalmente. Em muitas traduções históricas-literárias, o termo mais comum é “coito”, que é um sinônimo de relação sexual. Nesse caso, o coito refere-se apenas à penetração peniana-vaginal, apenas com o propósito reprodutório. Mas, com o avanço da medicina, foram criados e comercializados inúmeros métodos contraceptivos, usados com a finalidade de impedir a gestação. No entanto, a relação sexual não é apenas um meio de procriação. É, também, umas das principais formas de prazer para o ser humano.

BENEFÍCIOS 

Além do prazer, o ato sexual também promove bem-estar e melhora na saúde de homens e mulheres, segundo especialistas. Saiba quais são os principais benefícios:

  • Relaxa a musculatura
  • Oxigena as células do corpo e, por isso, faz bem ao cérebro, aos músculos e à memória
  • Melhora a circulação sanguínea
  • Melhora a qualidade do sono, principalmente logo após o orgasmo
  • Diminui o estresse e a ansiedade
  • Melhora o sistema imunológico
  • Melhora o aspecto da pele e do cabelo, deixando-os mais saudáveis

Mas ao contrário do que muitos pensam, ficar sem sexo não faz mal à saúde. “É lógico que o indivíduo deixa de ser beneficiado em muitos aspectos, mas a medicina considera o sexo um plus para o corpo. Se a pessoa se alimenta bem, pratica exercícios, dorme bem e desenvolve hobbies, ela vai ter a qualidade de vida melhor ou igual a de alguém sexualmente ativo”, explica a ginecologista, Claúdia Amaral.

 

Apesar de o sexo ser um assunto muito buscado na internet, fazer parte da natureza humana, proporcionar bem-estar físico e mental e de estar presente em diversos contextos sociais, ainda é um tabu. “A busca desenfreada do tema nos meios digitais é justamente uma resposta à falta de informação que os adolescentes demonstram. Tem uma porção de adultos que cresceu sem receber as devidas orientações de seus pais”, comenta a sexológa Annelise Ferreira Ruiz.

É claro que os tempos estão mudando, assim como a cultura. O modelo tradicional da família brasileira, que antes era considerada conservadora, deu espaço à tecnologia, que leva o sujeito à informação. Ou seja, hoje as famílias se veem obrigadas a falar sobre muitos temas ou, pelo menos, a comentar sobre eles.

A expressão relação sexual abarca qualquer tipo de atividade sexual. Existem leis que proíbem diversas práticas sexuais, como o incesto (relação sexual entre membros de uma mesma família), relações com menores de idade, sexo extra-conjugal, prostituição, sodomia, violação, zoofilia e necrofilia. Neste contexto, o fator religioso também ajuda a coibir e conscientizar. Sobretudo, incentiva os fiéis a manterem a virgindade até o casamento, conforme alguns conselhos bíblicos.

A jovem, que também é cristã, Albani Cristina Sousa, opina sobre o assunto: “minha igreja faz mais proibir do que explicar as razões para eu não ter relações sexuais com meu namorado. Na minha casa, meus pais também falam muito pouco. Eu acho que ainda não tive relações sexuais por medo.”

A questão levantada por ela e por muitos outros adolescentes e jovens cristãos é alvo de discussão entre os líderes religiosos. O publicitário e pastor, Odailson Fonseca, explica que falar sobre o assunto nas igrejas é uma quebra de tabus. “Ainda bem que está cada vez mais fácil abrir a possibilidade de debate no âmbito religioso, pois o sexo  é muito importante para os seres humanos e, principalmente, para Deus”, conclui.

 

Entrevista com especialista

Dra. Annelise Ruiz

Ginecologista e Sexóloga

Ter relações sexuais fora do casamento traz riscos à saúde?

AR: O casamento também é uma proteção para as relações sexuais, pois o indivíduo vai desfrutar de um relacionamento seguro e estável. Porém, também existe risco no ato sexual dentro do casamento. Mesmo nos moldes dessa relação, o casal precisa ter cuidado com doenças sexualmente transmissíveis (DST), gravidez indesejada, disfunções, entre outras coisas. Agora, pessoas que praticam sexo deliberadamente, com parceiros que também têm o mesmo hábito, têm uma chance muito grande de se contaminar com alguma DST, além de encarar uma gestação indesejada. O ato sexual é uma troca constante de fluídos entre os parceiros, por isso, também é aconselhável que as pessoas o pratiquem num relacionamento estável. Sobretudo, o sexo é prazer e sentimento. Doar-se a alguém tão inteiramente é uma questão de confiança, algo que não se pode ter no primeiro encontro.

É BOM E FAZ BEM À SAÚDE, MAS…

Por falar em medo, o sexo também traz consigo uma carga de preocupações relacionadas à saúde. Existem mais de 30 bactérias, vírus e parasitas causadores de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) no mundo. Alguns aumentam a chance de adquirir HIV (Human Immunodeficiency Virus) em até três vezes. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, a transmissão de sífilis por meio do ato sexual aumentou 603% em seis anos. Mas este é só um dos números alarmantes. Casos de gonorreia e clamídia também aumentaram, inclusive em outros países. Nos Estados Unidos, por exemplo, em um ano o aumento de foi de 7,9% somando as duas infecções.

Para a ginecologista Claudia Amaral, o problema está na desinformação. “As pessoas sabem que existem riscos, mas não sabem quais são e nem como preveni-los. Neste caso, considero o governo como um dos responsáveis por levar informação à população”, opina Claudia.

É por isso que é muito importante se proteger. “Existem inúmeras formas de praticar sexo seguro. O mais comum, barato e bastante eficaz é o preservativo masculino ou feminino (também chamado popularmente de camisinha)”, recomenda Claudia.

AIDS: É a sigla em inglês para Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. A doença é resultado da infecção pelo vírus HIV e enfraquece o sistema imunológico humano. O tratamento da AIDS é feito com medicamentos antirretrovirais.

Cancro Mole: O nome mais popular é “cavalo” e é provocado pela bactéria Haemophilus Ducreyi.  Provoca dor de cabeça, febre, fraqueza, pequenas e dolorosas feridas com pus nas genitálias. Com o tempo, elas aumentam de tamanho e profundidade. Incomodam na hora de andar, ter relações sexuais e evacuar. O tratamento é feito com antibióticos específicos.

Clamídia e Gonorreia: Comum em adolescentes e jovens, as doenças afetam as genitálias, o colo do útero, o reto, a garganta e os olhos. Podem causar infertilidade, dor ao urinar e durante as relações sexuais e gravidez nas trompas. Mas existem casos que as doenças não apresentam sinais aparentes. O diagnóstico é feito a partir da análise das secreções genitais e as doenças são tratadas com antibióticos.

HPV: O Papilomavírus Humano (HPV) resulta em mais de 100 manifestações diferentes no corpo. A contaminação ocorre também pelo contato oral com o vírus, além da relação sexual sem proteção. O tratamento é feito com remédios e acompanhamento médico. Existem duas vacinas preventivas, principalmente no desenvolvimento do câncer de colo de útero.

Herpes: É causada por um vírus incurável. Apesar disso, a doença tem tratamento. A manifestação ocorre em forma de pequenas bolhas agrupadas na pele que, posteriormente, tornam-se feridas. Elas costumam aparecer em situações de estresse, cansaço, febre, exposição solar, traumas, consumo de antibióticos e menstruação. O tratamento deve ser feito por um profissional assim que surgirem os primeiros sintomas.

Sífilis: É causada pela bactéria Treponema Pallidum. A contaminação da doença afeta gravemente as gestantes, pois a sífilis congênita causa aborto, má formação do feto ou sua morte ao nascer. É recomendado que pessoas sexualmente ativas realizem esse exame pelo menos uma vez ao ano. O tratamento da doença deve ser feito tanto na vítima, quanto no parceiro. No caso das gestantes, o tratamento deve-se estender ao bebê.

Por que existem tantos distúrbios comportamentais relacionados ao sexo?

AR: Na realidade, muitos distúrbios nem são considerados graves de tão comuns. Distúrbios são comportamentos anormais que o indivíduo tem sobre determinada prática. No caso sexual, isso acontece desde o desejo insaciável de praticar sexo até a pedofilia, por exemplo. As razões para este comportamento ocorrer é principalmente pela condição mental em que o indivíduo se encontra. As pessoas desenvolvem transtornos psicológicos, não tratam e aí o sexo pode ser um canalizador do problema. Algumas práticas sexuais criminosas, como o estupro, às vezes é fruto de um trauma vivido não infância. De todas as formas, os distúrbios estão relacionados à problemas psicológicos e psiquiátricos.

Infância roubada

A deturpação sexual está presente na humanidade desde o processo civilizatório. Relatos antigos datados de 4 mil a.C. até os registros atuais revelam dezenas de práticas sexuais ilícitas ou criminosas. Um dos hábitos mais comuns é o consumo de pornografia, dentre elas, a infantil. Os próprios registros históricos revelam que a pornografia infantil e a pedofilia (prática efetiva de atos sexuais com crianças ou adolescentes) existem há milhares de anos.

Em 2008, entrou em vigor a Lei 11.829 que tipificou o crime de pedofilia na internet. A norma proíbe produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, cenas de sexo explícito ou pornográficas que envolvam menos de 18 anos. A pena prevê reclusão de quatro a oito anos, além da multa.

 

Quais são os tratamentos indicados para pessoas que apresentam distúrbios ou disfunções sexuais?

AR: O primeiro passo é reconhecer a condição e buscar ajuda especializada, como um psicólogo ou psiquiatra. A partir disso, o indivíduo vai conseguir encontrar o tratamento ideal para o seu problema. O mais importante é que existem inúmeros tratamentos, desde medicamentos à terapia.

Há muito tempo, especialistas discutem quais são as melhores formas de coibir a violência infantil. Existe um consenso por parte dos psicólogos, educadores e familiares que a educação é a maneira mais eficaz de por fim a dor de famílias e crianças. Entenda mais sobre este assunto no vídeo a seguir:

Teste

Qual a melhor forma de proteção durante a relação sexual?

Qual o método contraceptivo e contra DSTs mais eficaz e barato no mercado?

Quais são os principais objetivos da relação sexual?

A falta de sexo pode ser prejudicial à saúde?

Qual o momento ideal para fazer sexo?

Pelo jeito você está sabendo muito pouco sobre o assunto. É importante tirar suas dúvidas com um especialista ou ler este conteúdo com bastante atenção. Além disso, você sabia que a Bíblia também fala sobre a pureza sexual e o cuidado com o corpo? Pois é, saiba mais.

Você está muito ligado neste assunto. Isso é importante, pois a prática sexual faz parte da natureza humana. Além disso, você sabia que a Bíblia também fala sobre a plenitude sexual e cuidados com o corpo? Saiba Mais.

Você ainda está descobrindo o que o sexo e quais são as suas finalidades. Para te ajudar, você sabia que a Bíblia também fala sobre a plenitude sexual e o cuidado com o corpo? Saiba Mais.

Relação sexual não é o que se vê na pornografia, na televisão ou nas revistas. O envolvimento sexual verdadeiro precisa, essencialmente, de conexão emocional. Segunda a sexóloga Annelise Ruiz, o ideal de uma vida sexual plena tem a ver com estabilidade. “Uma vida sexual tranquila acontece numa relação estável, como o casamento, por exemplo. Sobretudo, o amor recíproco é o combustível para que o ato seja mais prazeroso e frequente”, explica. “Fazer sexo é muito mais do que prazer, é compromisso, respeito, amor, carinho e felicidade”, complementa.

Apesar de o assunto sexo ainda ser um tabu no âmbito cristão, na própria Bíblia o tema é amplamente discutido. Várias histórias bíblicas são contadas a partir de desfechos sexuais. Por isso que o livro aborda a sexualidade de diversas maneiras. Saiba Mais